Reflexões de uma babá
Vez em quando, recebo uma missão especial. Ficar de babá de meu priminho. Esse foi um desses finais de semana, vivendo mais pertinho desse mundo infantil.
Pega-pega, carrinhos, esconde-esconde, desenhos, lápis coloridos, e tudo o mais que um menininho de quatro anos pode inventar. E como é interessante perceber que para eles não precisa de muita coisa para que eles se sintam felizes e plenos.
Como as crianças são simples e ao mesmo tempo intensos em sua forma de viver. Basta um biscoito recheado, ou qualquer outra guloseima, um amigo que embarque em suas aventuras e alguém que lhe dê limites e proteção e que quando precisar lhe dê colo e amparo.
Mas se pensarmos um pouco, será se nós adultos, também não precisamos só dessas poucas coisas, para experimentarmos a felicidade? Será que não somos nós que complicamos mais as coisas?
Precisamos de um "biscoito recheado" ou seja algo que adoce nossa vida e alimente nossa alma. Que nos encha de energia e animo para viver. Um sonho, um projeto, uma esperança, uma paixão, ou qualquer coisa que nos move e nos revitaliza.
Como as crianças, nós adultos nos sentimos felizes quando encontramos pessoas que estejam disponíveis para entrar nas nossas aventuras e nas nossas loucuras. Ter amigos que estejam do nosso lado e que digam, conte comigo, estamos juntos! Como é bom ter com quem dividir a vida, os sonhos, as frustrações, os desafios. Faz bem para alma, ter companhia e cumplicidade.
Se por um lado é bom termos pessoas que nos ajudem a sonhar, que nos dê asas para voar. Também é importante termos pessoas que nos ajudem a termos equilíbrio e nos orientem e direcionem. Pessoas que sejam líderes e referenciais, que sejam esse amparo e proteção para nossa vida. E por fim, que nós possamos ter alguém que no fim do dia, possamos nos achegar e descansar no seu colo, que quando acabarmos nos machucando, possa ser cura e cuidado para nós.
Que possamos apreder com as crianças, e encontrarmos a felicidade na simplicidade!